No início deste ano lectivo, muitas escolas já não abrem. E se, em algum casos, esta medida será compreensível, em muitos outros não é!
A Escola de sucesso preconizada e em vigência nos países nórdicos tão citados, pelos nossos governantes, como exemplo a seguir, é a escola de pequena dimensão, de proximidade e onde o ensino ministrado é sério, rigoroso, exigente, mas, naturalmente, diferenciado.
Em Portugal, ao contrário dessa Escola de sucesso, implementa-se o mega-agrupamento, a mega-escola, fria, distante e disciplinarmente permissiva, onde o ensino é, forçosamente, de massas e indiferenciado!
Esta é a escola que obriga os alunos, muitos deles crianças a iniciar o seu percurso escolar, a deslocarem-se, de camioneta, em percursos mais ou menos longos, saindo de casa de madrugada, ainda escuro, atordoados de sono e regressando já escuro, exaustos, cheios de frio, enjoados e vomitados.
A Educação é, cada vez mais, uma floresta de incertezas, revelando uma confrangedora incapacidade para preparar os alunos, de modo a que, mais tarde, possam servir o país, com inteligência, saber e responsabilidade.
Sabemos que quem decide e lesgisla pretende, acima de tudo, cortar nas despesas, talvez porque não creia no poder do estudo, do trabalho sério, do rigor e do pensamento! Esta escola exige tempo, a formação certa, dos agentes de ensino e custa dinheiro!
Quem decide e legisla parece crer, isso sim, na ignorância encapotada sob duvidosos diplomas, tirados à pressa, na habilidade manhosa, no facilitismo néscio que proporcione umas belas estastísticas para apresentar na UE, em termos de sucesso escolar, comprometendo, sem um tremor de conciência, uma cabal e tão necessária formação intelectual e cívica dos jovens, empenhando, assim, despudoradamente, o futuro da Nação!
MC
1 comentário:
A formação dos portugueses está, de facto, seriamente comprometida. Estamos a entregar canudos a iletrados, que nem sequer se sabem exprimir na língua materna.. No entanto, o nível sofrível dos nossos alunos está de acordo com o da Senhora Ministra, alegadamente escritora, que ainda recentemente nos brindou com uma comunicação ao país cheia de erros gramaticais, num discurso em tudo semelhante ao dos nossos ignorantes adolescentes.
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