No dia do “faz de conta”...
E tu, o sorriso sequioso que a bebe...
E tu, na lonjura, o farol que lhe indica o rumo...
E tu, a onda rendilhada que a beija e a guarda...
E tu, a sombra amorosa que o acolhe...
E tu, o abrigo ardente, o afago, a companhia...
E tu, o orvalho macio que a faz florir...
E tu a lua, as estrelas, a incandescência que a transfigura...
E eu, a mulata incendiada, a lantejoula brilhante, o samba
rasgado...
E eu, o laivo de tristeza que toda a alegria tem...
Fazes de conta...
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