Saramago escreveu: "... o tempo chove sobre nós, o tempo afoga-nos."
Eu, prosaicamente, digo que o tempo voa, o tempo corre. Corre, infatigável, à minha frente, como um cão desconfiado e fugidio. E eu corro, desesperadamente, atrás dele, dividida entre o medo que ele me arreganhe os dentes e me abocanhe, e o desejo vão de o alcançar e o de prender...
Mas, porque o tempo é imparável e corredio, ali, mesmo ali, naquele canto, acumulam-se as rimas que não rimei, os poemas que de...ixei por acabar, os textos, mutilados, sem um final, os livros que ainda não li, os telefonemas que não fiz, as palavras que não disse, os sonhos que, na pressa, me esqueci de sonhar...
Eu, prosaicamente, digo que o tempo voa, o tempo corre. Corre, infatigável, à minha frente, como um cão desconfiado e fugidio. E eu corro, desesperadamente, atrás dele, dividida entre o medo que ele me arreganhe os dentes e me abocanhe, e o desejo vão de o alcançar e o de prender...
Mas, porque o tempo é imparável e corredio, ali, mesmo ali, naquele canto, acumulam-se as rimas que não rimei, os poemas que de...ixei por acabar, os textos, mutilados, sem um final, os livros que ainda não li, os telefonemas que não fiz, as palavras que não disse, os sonhos que, na pressa, me esqueci de sonhar...
O tempo corre solto, corre rápido e, nessa correria, a vida transforma-se, liquefaz-se no vento. O tempo transforma tudo em si mesmo, diz-nos o Poeta!
E eu vou-me perdendo no tempo, na teia que o tempo, sem piedade, tece! E que o vento, impetuoso, desfaz!
E há sempre tanto para fazer...
E eu vou-me perdendo no tempo, na teia que o tempo, sem piedade, tece! E que o vento, impetuoso, desfaz!
E há sempre tanto para fazer...
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