terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O Pavão e a ursa


Júpiter era um amante do sexo feminino e, por esse motivo, Juno, sua esposa e rainha dos deuses, representada por um pavão, possuía muitas rivais, entre elas, a bela Calisto, que Juno, enciumada, transformou numa ursa. Calisto passou, assim, a viver sozinha com medo dos caçadores e das outras feras da floresta, esquecendo-se de que ela própria era uma.
Um dia, Calisto reconheceu, num caçador, o seu filho Arcas. Esquecida que era uma ursa felpuda, ela quis dirigir-se a ele e abraçá-lo ternamente, como a mãe amorosa que era, mas Arcas, ao ver aquele enorme animal correr direito a si, assustou-se e já erguera sua lança para matá-lo, quando Júpiter, vendo a desgraça que estava para acontecer, afastou-os e lançou-os ao céu, transformando-os nas constelações de Ursa Maior e Ursa Menor.
Juno, enfurecida por Júpiter ter dado tal privilégio à sua rival, sai à procura de Tétis e Oceanus, as antigas divindades do mar. Conta-lhes que essas estrelas, pedaços flutuantes de luz e de brilho no céu, são a eternização de uma das mais dolorosas ofensas que Júpiter lhe fizera, e pede para que eles não deixem que essas constelações se escondam nas suas águas. É por isso que a Ursa Maior e a Ursa Menor se movem em círculo no céu mas nunca descem por trás do oceano, como as outras estrelas.

Os bichos na Mitologia


MC

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