O Problema da violência na Escola combate-se com medidas político-sociais, já que, penso, estamos perante um problema de ordem social e o Direito, sendo apenas um regulador social, não corrige, nem cria formas novas de comportamento em sociedade . Estas medidas políticas terão, todavia, de beneficiar da tutela coercitiva do Direito, assegurada pelos órgãos jurisdicionais, em muitos casos, articulados com as policias.
É, por isso, muito difícil dissociar essas medidas político-sociais, da intervenção da autoridade policial, que, como os acontecimentos dos últimos dias têm demonstrado, é, cada vez mais premente, para salvaguardar a segurança na Escola.
As sementes de violência são, normalmente, jovens que carregam consigo e transportam para as aulas, o fardo da indiferença e de falta de acompanhamento dos pais, ou têm, colado a si, o prurido viscoso da pobreza moral que grassa, insidiosa mas veloz, atropelando princípios e destruindo valores, num pobre País, cada vez mais empobrecido!
É tempo, pois, de o Estado tomar medidas político- sociais sérias e eficazes, não lhe sendo, porém, permitido exigir uma Escola feita de afectos, e de complacente facilitismo, enquanto arrasa, dramaticamente, a autoridade dos Docentes!
Neste tempo que vivemos, o Ensino tem de ser competente e exigente ainda que, aberto e interactivo.
É tempo, de acabar com esta política de Ensino que tem conduzido a Escola Pública para um caminho tortuoso e absolutamente caótico, onde a palavra Ensinar já não aparece, a palavra Respeitar perdeu o sentido e onde, uma tolerância néscia, a indisciplina e a violência imperam!
Se os alunos não querem estudar e ameaçam abandonar a Escola, reduzam-se e facilitem-se os conteúdos, baixe-se, até ao limite da decência, o nível de exigência e ensine-se(?), de preferência, a brincar, de forma levezinha e agradável! Se, apesar de tudo, o jovem decidir deixar a Escola, a culpa é, seguramente, dos Professores!
A Ministra da Educação tem vindo, irresponsavelmente e desde sempre, a desvalorizar os Professores, desautorizando-os e afrontando-os continuamente! A desvalorização dessa autoridade foi, aliás, o primeiro, grande passo para a calamitosa explosão da indisciplina e da violência, na Escola, que a tutela, olimpicamente, ignora!
Foi a Senhora Ministra que, um dia, insensatamente, disse: “Perdi os Professores, mas ganhei a opinião pública!", sem se ter sequer apercebido que, ao assumir ter perdido os professores, ela também assumia, tragicamente, que se tinha perdido! Irremediavelmente!
É tempo, pois, de se devolver, aos Docentes, a autoridade, o respeito e o prestígio, valorizando-os e reconhecendo-lhes o mérito de, na sua nobre mas dura tarefa, estarem a preparar o Futuro do País!
É tempo de repensar o Estatuto do Aluno, que não é senão uma espantosa resenha de facilitismo canhestro, uma floresta de enganos para aqueles Pais que querem que os filhos aprendam e, responsavelmente, se preparem para singrar num Mundo cada vez mais competitivo e que não se compadece com a ignorância ou com um saber medíocre e indigente!
Estar na aula, é, agora, mais do que nunca, uma grande “estopada” para os alunos, a não ser que possam brincar, rir e "gozar à brava", e os Professores, uns líricos, que ainda se dispõem a perder anos de vida e a destruir a saúde para tentarem cumprir a missão, agora impossível, que sempre julgaram ser a sua: ENSINAR! Mas, de facto,com as Novas Oportunidades, talvez tenha, mesmo, deixado de ser prioritário, APRENDER!
Na Escola, são necessárias regras de convivência bem definidas; a ordem, a segurança e a disciplina são essenciais; é, igualmente imperativo, uma liderança competente, forte, imparcial e determinada, mas humana, que seja limpa e justa, sem Medo de punir e se orgulhe de premiar! É, pois, crucial, em qualquer Escola, uma liderança de mérito, que não se entretenha com jogos de pequenos poderes e favorecimento a amigos e confrades!
É tempo, há muito tempo, de o Primeiro Ministro assumir a responsabilidade de demitir uma Ministra da Educação autista, já demasiado gasta e tomar as medidas politico- sociais necessárias para que as sementes de violência, de hoje, possam, ainda, vir a dar frutos sãos e suculentos de Correcção, de Saber e de Dignidade!
O Futuro agradecer-lhe-á!
Sem comentários:
Enviar um comentário