Numa das minhas últimas estadas em Espanha, tomei conhecimento, pela imprensa, que o Governo Regional de Madrid pretende fazer aprovar uma nova lei para reforçar a autoridade dos Professores e dos Funcionários escolares.
A Presidente do Governo Regional de Madrid, Esperanza Aguirre explicou que o objectivo desta lei é ” ensinar os jovens a comportarem-se de forma civilizada” já que, como se sabe “ não se pode falar de liberdade sem regras”, sendo “ esta a melhor forma de prevenção contra o vandalismo”. E contra a marginalidade, digo eu!
De acordo com esta Lei da Autoridade do Professor,” todos os docentes e funcionários do ensino Básico e do Ensino Secundário terão a condição de Autoridade Pública”, como a polícia e os magistrados.
Deste modo, todas as agressões físicas ou verbais, que possam vir a sofrer, são consideradas crime público, não dependendo de queixa, com consequente agravamento das sanções penais a aplicar. Esta alteração intensifica, sob ponto de vista legal e social, a censura destes comportamentos.
Assim sendo, os Directores de cada escola enviaram aos pais e aos encarregados de educação, cujo envolvimento é considerado vital, os detalhes das normas, algumas das quais já vigoram mas, que serão reforçadas pela nova lei.
As Equipas Directivas terão uma acrescida responsabilidade na manutenção da ordem e da disciplina, nos Estabelecimentos de Ensino que dirigem, pelo que, os seus salários serão reforçados, tanto mais que,
esta medida tem, naturalmente, o apoio do governo de Zapatero.
Qualquer semelhança entre o carinho, o respeito e a preocupação das autoridades espanholas, para com os seus Professores, e o que se tem passado, nesse domínio, em Portugal, nestes últimos quatro anos, é pura ficção e a mais delirante fantasia!
Nota:Este texto não foi aceite, para publicação, pelo JN! Obviamente!!!!!
MC (23/09/2009)
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